Uma vez que em uma sociedade ocorreu a divisão manufatureira do trabalho e um grupo minoritário com a posse dos meios de produção percebeu que poderia tomar proveito disso, foi estabelecida a exploração do homem pelo homem. Essa exploração, determinada pela parcela dominante dos meios de produção, foi criando uma submissão de grande parte da população através de diferentes formas. Com isso forma-se uma sociedade claramente dividida entra aqueles que dominam e aqueles que são dominados. Os dominantes conseguem assim privilégios e estruturam a sociedade de forma a manter e garantir tais privilégios, os dominados por sua vez são oprimidos, dependendo dessa outra classe, e assim ficando à mercê das decisões que são tomadas pelos dirigentes. Uma divisão injusta que predominou e hoje se apresenta na maior parte das organizações sociais existentes. Contudo, não deve ser desprezada, uma vez que tem como consequência direta, a estrutura social mais universalizada e o movimento histórico que acontece por meio da ação humana sobre a natureza.

A exploração do trabalho humano acontece em todas as escalas. Exploração nesse contexto, não é apenas daqueles que ganham pouco pelas suas funções, há exploração em qualquer tipo de trabalho. Um músico de sucesso que ganhe milhões, apesar de ganhar muito e ter uma excelente qualidade de vida, ainda assim é explorado pela sua gravadora que possuindo os meios de produção lucra em cima do artista. Dessa forma, o trabalhador é explorado e não tem consciência disso, ou apenas se sente confortável nessa posição.
Deste modo, podemos colocar a seguinte questão agora, para esse trabalhador explorado que ganha muito, qual é o problema de ser explorado?
Segundo Marx, o fato de o homem ser explorado por outro homem faz com que ele se afaste de si mesmo, ou seja, fique alienado de si mesmo, e isso não pode acontecer. O trabalho faz parte do homem e não acontece sem ele, assim como as ideias produzidas por um corpo. O homem tem que ter consciência de que é explorado, para que ele possa ter a possibilidade de escolher entre continuar nessa situação do mundo capitalista (muitas vezes cômoda, como citado no exemplo anterior) ou por meio da consciência de classes se emancipar desse sistema, realizando uma revolução social.
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