domingo, 26 de junho de 2011

O poder na sociedade contemporânea.


Em uma sociedade contemporânea, tudo fica mais complexo,de forma que a verdade absoluta se afasta. Cada conceito tem formas diferentes de ser explicado e explorado.
Pensando no poder, como conceito analisado, logo vemos que existem diversas formas de poder nessa sociedade, desde o poder do pai sobre o filho até do Estado sobre cada indivíduo.
Para Michel Foucalt, existem diversos poderes que são exercidos no simples dia a dia do homem que os tornam mansos, produtivos e consumidores, ou seja, perfeitos para o capitalismo.
Cada instituição presente na vida do ser humano, tem cada vez mais importância, sendo que cada uma exerce um tipo de poder diferente sobre o indivíduo. A pessoa quando nasce já se ve automaticamente dentro de uma instituição, a família. A medida que vai crescendo o número de instituições vai aumentando, de repente é a escola, a igreja e consequentemente, o Estado, que sempre esteve ali. Em cada uma dessas instituições, o homem vai sendo domesticado, de forma que certas regras vão se repetindo até que a pessoa se habitua a essas condutas assim parecendo que sua liberdade não está sendo tomada, já que ouviu sempre as mesmas coisas.
Dessa forma, a sociedade se insere dentro de um poder disciplinar, ou seja, uma sociedade de controle. Onde o tempo, o espaço, vigilância e o saber permitem a eficácia desse poder que tem como objetivo conter o indivíduo dentro do capitalismo.
No Estado comtemporâneo, a lógica de Hobbes de que o Estado faz morrer e deixa viver é invertida, porque nessa sociedade se instaura um novo tipo de poder: o biopolítico.
Nesse novo modelo, no qual a vida é constantemente preservada, a morte passar a ser considerada um tabu. Tudo aquilo que garante a vida (saúde, educação, segurança) é o que é requisitado.
De forma, que nessa sociedade, a guerra entra como essencial para a preservação da vida. Já que a esta elimina os que são vistos como uma ameaça à vida das pessoas.
É importante lembrar de que dentro de uma sociedade de poder biopolítico, o poder disciplinar continua presente.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Análise sobre os impactos da exploração do homem pelo homem, com base nas idéias de Karl Marx.

Uma vez que em uma sociedade ocorreu a divisão manufatureira do trabalho e um grupo minoritário com a posse dos meios de produção percebeu que poderia tomar proveito disso, foi estabelecida a exploração do homem pelo homem. Essa exploração, determinada pela parcela dominante dos meios de produção, foi criando uma submissão de grande parte da população através de diferentes formas. Com isso forma-se uma sociedade claramente dividida entra aqueles que dominam e aqueles que são dominados. Os dominantes conseguem assim privilégios e estruturam a sociedade de forma a manter e garantir tais privilégios, os dominados por sua vez são oprimidos, dependendo dessa outra classe, e assim ficando à mercê das decisões que são tomadas pelos dirigentes. Uma divisão injusta que predominou e hoje se apresenta na maior parte das organizações sociais existentes. Contudo, não deve ser desprezada, uma vez que tem como consequência direta, a estrutura social mais universalizada e o movimento histórico que acontece por meio da ação humana sobre a natureza.
Com a exploração do homem pelo homem cria-se uma coesão de cada estrato social. Inicialmente entre os que exploram, já que precisa de uma organização que seja capaz de manter os meios de produção e a exploração do outro grupo. Assim, a base econômica forma a base social e política, com finalidade inicial de sustentar os privilegiados. Uma das principais consequências de tal exploração é a extrema desigualdade entre os homens, uma vez que com esse sistema, a classe dominante que possui os elementos necessários para o trabalhador exercer sua força de trabalho, impõe uma situação trabalhista a seu favor, pois por existir um grande número de pessoas disputando por emprego, o trabalhador se submete a trabalhar muito e ganhando pouco. Porém, uma vez que o grupo explorado começa a criar uma identidade e uma organização, inicia-se movimentos políticos que procuram o embate social, a fim de superar as desigualdades criadas dentro desses sistema. Com isso, esses movimentos levam às alterações sociais, proporcionando mudanças internas nessa estrutura ou até mesmo levam à revoluções que terminam por substituir a estrutura prévia.
A exploração do trabalho humano acontece em todas as escalas. Exploração nesse contexto, não é apenas daqueles que ganham pouco pelas suas funções, há exploração em qualquer tipo de trabalho. Um músico de sucesso que ganhe milhões, apesar de ganhar muito e ter uma excelente qualidade de vida, ainda assim é explorado pela sua gravadora que possuindo os meios de produção lucra em cima do artista. Dessa forma, o trabalhador é explorado e não tem consciência disso, ou apenas se sente confortável nessa posição.
Deste modo, podemos colocar a seguinte questão agora, para esse trabalhador explorado que ganha muito, qual é o problema de ser explorado?
Segundo Marx, o fato de o homem ser explorado por outro homem faz com que ele se afaste de si mesmo, ou seja, fique alienado de si mesmo, e isso não pode acontecer. O trabalho faz parte do homem e não acontece sem ele, assim como as ideias produzidas por um corpo. O homem tem que ter consciência de que é explorado, para que ele possa ter a possibilidade de escolher entre continuar nessa situação do mundo capitalista (muitas vezes cômoda, como citado no exemplo anterior) ou por meio da consciência de classes se emancipar desse sistema, realizando uma revolução social.